sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Feliz Ano Novo!

É isso mesmo: no dia 21 de outubro 2012 começa um ano que tem tudo para ser “novo”: o ANO VOCACIONAL-MISSIONÁRIO GIANELLINO.
Um ano que será novo até na duração: 19 meses!
Um ano que, talvez, não tenha assuntos novos, mas será novo o jeito de viver a vocação e de envolver-se na missão.
Um ano em que algo de novo será feito, algo de novo acontecerá...
Um ano em que gente nova caminhará nas trilhas de Antônio Gianelli, o Santo Missionário, e gente com mais idade descobrirá novas formas de andar pelas mesmas trilhas... ou, quem sabe, por novas trilhas!
Um ano que pode ser feliz e pode ser novo! Então, FELIZ ANO NOVO!
UM ANO DIFERENTE,
À MODA GIANELLINA!
A "Família Gianellina", que é o Instituto das Filhas de Maria Santíssima do Horto alargado, está convocada a imprimir sentido vocacional e a viver com espírito missionário cada dia de 21/10/2012 até 20/05/2014.
Viver a vocação e a missão à moda gianellina!
À moda gianellina, programar e fazer atividades de cunho vocacional-missionário, para que mais gente escute o chamado e se decida pelo seguimento de Jesus.
Viver esse Ano Vocacional-Missionário à moda gianellina é viver conforme o Evangelho, neste momento histórico, como Santo Gianelli viveu na sua época.

O nosso Ano Novo começa no dia do 61º aniversário de canonização de Santo Antônio Gianelli: 21 de outubro, domingo! Eis uma sugestão: planeje e realize uma ação missionária especial, uma ação que marque a abertura desse ano de bênçãos e graças, uma ação diferente das ações que você já faz no cotidiano... Planeje... e realize! Depois partilhe sua experiência com alguém da Família Gianellina. Pode ser uma boa maneira de festejar o dia de Santo Antônio Gianelli... Pode ser um bom começo do Ano Vocacional-Missionário Gianellino. Pode ser um dos muitos motivos para você ter um FELIZ ANO NOVO!
Para começar esse ANO da Graça, um brinde à Vocação, um brinde à Missão!
Um brinde a você, que tem coragem de fazer a diferença, vivendo sua Vocação e assumindo sua Missão com novo ardor e novo jeito!
Abraços e votos de FELIZ ANO NOVO vocacional-missionário-gianellino!
Neiva Moresco, fmh

Vem aí mais um dia 21 Gianellino!

CARTA CIRCULAR da Superiora Geral do Instituto das Filhas de Maria SS. do Horto, convocando o ANO VOCACIONAL-MISSIONÁRIO GIANELLINO

Queridos membros da Família Gianelina:
irmãs, sacerdotes, leigos e leigas,
uma saudação cordial a todos/as e a cada um/a.
Neste sexênio, temos como anseio, como programa e como meta a construção de uma identidade familiar, segundo a espiritualidade de Gianelli. Somos todos/as “enviados/as” por Cristo, com a força do Espírito, por meio da Igreja e da Família Gianellina, para a realização de um projeto doado, pensado no coração de Deus, confiado à nossa responsabilidade e ao nosso empenho.
Santo Gianelli, impulsionado pela caridade, deu vida ao Instituto das Filhas de Maria para prolongar no tempo o “fazer o bem”, como Jesus Bom Pastor, seu único modelo. No Mestre, que tem também outras ovelhas, Gianelli capta a universalidade da sua missão e também ele realiza um projeto doado. É enviado do Pai a cuidar do rebanho do Senhor em lugares concretos, entregando totalmente a própria vida.
Ser enviado é condição essencial da Igreja e de cada cristão. Tal envio requer “estar” com Jesus, viver no Espírito e fazer a experiência de comunhão com o Pai: isso desafia ao anúncio e à partilha daquilo que se vivenciou, através de respostas concretas e eficazes.
A Nova Evangelização requer vontade de partir, de ultrapassar fronteiras, de alargar horizontes; é o contrário da auto-suficiência, do fechamento sobre si mesmo e de uma pastoral estática. Hoje, para dar respostas eficazes, que durem no tempo, devemos converter-nos à colaboração e ao confronto com outros evangelizadores. De fato, no documento preparatório ao Sínodo se diz: os cristãos não devem somente ajudar “com a oração e o apoio material os missionários, mas eles mesmos são chamados a contribuir para a difusão do Reino de Deus no mundo, segundo os modos e a vocação próprios. Tal tarefa torna-se particularmente urgente na atual fase de globalização”.
Dizer sim à própria vocação-missão é responder aos sinais dos tempos e aos gemidos do Espírito, mesmo que as radicais e gerais mudanças da nossa sociedade tenham levado a uma crise das vocações de especial consagração, da qual também a nossa Família religiosa sente os efeitos. Este momento histórico nos impulsiona a viver o presente na provisoriedade e na consciência das dificuldades na escuta, na transmissão e na partilha dos valores de construção do futuro. Somos convidados/as a refletir sobre a grande oportunidade que a época atual nos oferece e da qual, talvez, nem nos damos conta. É daí que brota a necessidade de um impulso novo, de um renovado ato de confiança no Espírito que nos conduz a assumir uma tarefa fundamental para a qual Jesus envia os seus discípulos missionários: anunciar e testemunhar a Boa Nova do Evangelho e convidar outros, porque “a messe é grande, mas poucos os operários”.
É indispensável sentir o gosto de viver como nos primeiros anos do cristianismo, quando aos Doze e a Paulo, o Apóstolo dos gentios, se abria o desafio de um mundo radicalmente novo, que exigia um anúncio todo a ser inventado...
Ainda hoje, como nas origens do Instituto, “a necessidade de prover” desafia a caridade evangélica vigilante.
Em fidelidade às sugestões e às propostas emersas do recente Capítulo Geral Extraordinário, convocados por Maria e em obediência ao convite de Jesus "Vão e anunciem o Evangelho a todos os povos”, impulsionados pela urgência vocacional missionária, com o Conselho Geral, convoco um
ANO VOCACIONAL MISSIONÁRIO GIANELLINO
* para responder ao chamado da Igreja, que nos convida a refletir e a assumir o tema da próxima Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos: “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”;
* para render graças à Santíssima Trindade pelos 200 anos de sacerdócio do Pai Fundador e pela beatificação de Ir. Crescência Pérez;
* para acolher o desafio de atualizar o nosso carisma “missionário” (cfr Constituições atualizadas 3);
* para partilhar o dom da nossa vocação, na alegria e na gratidão;
* para pôr-nos juntos/as “em estado de missão” e fecundar, com novo ardor, a missão gianellina.
Isso iniciará aos 21 de outubro de 2012, festa de S. Antônio Gianelli, e terminará aos 20 de maio de 2014,  aniversário do nascimento ao céu de Ir. Crescência Pérez.
Numa homilia, que muitos/as de nós bem conhecem, Gianelli nos convida a olhar Jesus, a aprender Dele, a reconhecer os detalhes da sua vida (cfr. Homilia maio 1840). Também eu convido vocês a contemplá-Lo como modelo de resposta à vocação que o Pai lhe revela durante o Batismo no Jordão: “Este é meu Filho amado, no qual pus minha complacência” (Mt 3,17). Antes de chamar os seus, o próprio Jesus recebeu um chamado e acolheu a “sua vocação”: a de ser Filho de Deus. Sua resposta foi forte, decidida, corajosa, que se cumpriu no envio, na “sua missão”. Por isso, para responder à nossa vocação e acolher o mandato missionário, fixemos os olhos em Jesus, não o perdendo mais de vista, para que nos torne capazes e dispostos/as a dar a vida, como Ele.
Gianelli salientava: “Jesus em missão está sempre unido ao seu Pai e sempre em ação para salvar o mundo. Não perdê-lo nunca de vista... Cristo, por vales e montanhas, procura a ovelha perdida. Esse é o objetivo de toda sua missão. E agora? Imitem-no nessa solicitude, insistam a custo de qualquer desconforto e sacrifício, a custo até da vida”.
No entanto, ninguém pode considerar e viver a sua vocação como uma posse garantida, como uma escolha já feita até o fundo e “administrável” sem mais problemas ou surpresas. A resposta à vocação é algo de muito concreto, ativo, em contínua mudança. Responder ao chamado de Deus quer dizer expor-se a todo risco, tomar posição clara e corajosa, viver a fidelidade ao cotidiano e, ao mesmo tempo, cultivar e fazer crescer a própria vocação, como desejava Gianelli no Natal de 1840: “Auguro abundância de vocação porque, com o passar do tempo, pode diminuir e até extinguir-se”.
A vocação deve tornar-se também desejo de falar, de anunciar, de testemunhar, de envolver-se na realidade universal, renunciando a áreas fechadas, destinadas a poucos. É o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impulsiona a evangelizar (cfr. 2Cor 5,14). Ele, hoje como outrora, nos envia para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cfr. Mt 28,19). Com o seu amor, Jesus atrai a si os seres humanos de todas as gerações: em cada tempo, Ele convoca a Igreja, confiando-lhe o Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um convicto compromisso eclesial a favor de uma nova evangelização, para redescobrir a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo, de comunicar a fé, consciente de que somente “na quotidiana descoberta do seu amor alcança força e vigor o empenho missionário dos crentes, que jamais pode diminuir” (Bento XVI, Porta fidei 7).
É indispensável, porém, insistir sobre o meio por excelência, recomendado pelo Senhor: pedir operários para a Sua messe! Verifiquemos, queridos/as, se a nossa motivação para implorar, para desejar novas vocações é a sua messe, é o levar adiante o seu Reino, que pode não coincidir com as nossas obras e serviços...
Convido-os/as a fazer outra pergunta e a encontrar respostas em todos os níveis: além da oração, sempre indispensável, como já foi dito, que estratégias pôr em ato para fazer uma Pastoral Vocacional eficaz?
Somos enviados/as com um projeto doado, dizíamos, por isso, ninguém pode decidir a própria missão. Assumir um mandato é acolher o desafio de uma tarefa específica, aceitando ter uma certa “parte” a desenvolver. Quando essa tarefa é descoberta também como missão (pessoal, familiar, comunitária), como envio, então sim se pode abraçar com toda a liberdade e um profundo desejo de bem; viver isto nos personaliza plenamente e nos permite assumi-lo de modo responsável e criativo, pondo em jogo a nós mesmos/as, inteiramente, pelo Reino dos céus.
Por isso esse será um Ano diferente, aberto a novas fronteiras, capaz de envolver todos os membros da Família Gianellina, embora com modalidades diversificadas. E aqui ouso “sonhar”: por que não valorizar como um tesouro e concretizar o carisma e a espiritualidade gianellina em comunidades novas, formadas por religiosas e leigos/as que, juntos/as, se preparam para viver o envio a outras latitudes, na força do Espírito Santo?! É experiência já consolidada em diversas Famílias religiosas. Claro, tudo temperado por um discernimento sábio e realista. Mas, como dizia Gianelli, “no afrontar novas obras, um pouco de audácia é preciso, quer dizer, um pouco de Confiança em Deus.” E ainda que “É um missionário bem mesquinho aquele que não sabe ir em missão a não ser quando está livre se todos os obstáculos e quando uma missão não lhe custará sacrifícios... É melhor ser poucos e decididos do que muitos e inertes. O soldado que não combate é de muito impedimento aos valorosos...” (23/01/1842).
Seguindo os passos de Jesus, de Gianelli, de tantas Irmãs que viveram o carisma e a espiritualidade gianellina, lancemos as redes e, se Deus quiser, surgirão novas vocações para nossa Família religiosa, em especial novas FMH que sejam interlocutoras da história, capazes de acolher o grito da humanidade e disponíveis para anunciar o Deus vivo no presente.
O Senhor nos dê a força de fazer-nos ao largo e aprender a linguagem do Evangelho; torne-nos capazes de ousar as encarnações necessárias e razoáveis, sem medo.
Nesse caminho que queremos viver juntos/as, não pode faltar a Mãe que contemplamos no ícone das Bodas de Caná; a sua vocação-missão se entrelaça com a do Filho e também com a nossa. Seja Ela a conduzir-nos, neste Ano, a fazer as escolhas segundo o Coração de seu Filho, para manter aceso e vivo o “nosso fogo”!
Seja glória ao Pai, seja glória ao Filho, seja glória ao Espírito Santo!
Ir. Terezinha Maria Petry
Superiora Geral
Roma, 24 setembro 2012

FAMÍLIA GIANELLINA em MACAÉ/RJ - BRASIL