Estamos numa rede de oração, reflexão e ação!
A Espiritualidade Gianellina se fortalece e aprofunda nos corações, mas se expressa nas casas e na rua, nos ambientes de convívio e na imprensa, nas rodas de amizade e nos espaços de trabalho.
é uma ideia adicionada ao cotidiano,
uma ideia que se irradia!
Na Escola Nossa Senhora do Horto, em Uruguaiana/RS - Brasil, tem gente abraçando a causa da evangelização à moda gianellina, irradiando essa ideia na Imprensa local e em Revista que ultrapassa as fronteiras da cidade...
A Novena de orações e meditação da Palavra de Deus dá frutos de cidadania e profecia... cria um novo olhar diante do mundo, da vida, das pessoas: um olhar que ultrapassa a própria família, a própria escola e alcança outras famílias e outras instituições educativas; um olhar que combina com o Evangelho de Jesus!
Veja um pouco disso nos textos que seguem:
Um olhar Gianellino...
“Fora
do impossível, é preciso fazer tudo.” (Gianelli)
O
ano era 1789. A Europa vivia um conturbado cenário econômico e político, além
de uma efervescência cultural e social. Tempo de profundas crises, marcadas, sobretudo,
pelo abismo que separava as diferentes classes sociais. O contraste entre a
miséria, a fome e o desamparo de um lado e a opulência de outro. As populações
mais empobrecidas sofriam toda sorte de abandono. Surge, a partir desta
realidade, um modelo de pensar, de se posicionar e de agir. E nesse contexto,
em 12 de abril nascia no vilarejo de Cerreta, na Itália, Antônio Gianelli.
No
espaçotempo atual, o Santo Padre
Francisco, ao publicar a exortação apostólica “Evangelli Gaudium”, dirigindo-se ao episcopado, ao clero, às pessoas consagradas e aos
fiéis leigos, anuncia que o grande risco do mundo atual, com sua múltipla e
avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do
coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais,
da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios
interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já
não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem
fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que
correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas
ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena,
este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que
jorra do coração de Cristo ressuscitado.
Surge, neste sentido, um continuum na proposta de reflexão, mesmo
em tempos cronológicos distintos, cujo objetivo é o de responder a esta
necessidade e, portanto, ajudar os fiéis católicos gianellinos a conhecer
melhor sua fé, para melhor celebrá-la e testemunhá-la.
A partir do eixo norteador dos
Princípios Fundamentais Gianellinos
- “A necessidade de prover surgiu com a
caridade evangélica vigilante, fazia um caminho de santidade em companhia de
Maria”, questiona-se: No que
creio? Quais são os fundamentos da minha fé? Como vivo minha fé? Quanto mais a
conhecermos, tanto mais por ela nos encantaremos com o desejo sempre mais
profundo de vivê-la. A partir da leitura da Sagrada Escritura, por meio da
oração, por meio da participação ativa e consciente na comunidade eclesial como
lugar privilegiado não somente da celebração da fé, mas também do seu
aprofundamento, maturação e manifestação.
Assim, como no “chamado” que ocorreu para as Filhas
de Maria Santíssima do Horto, em 12 de janeiro de 1829, convidamos a todas
as famílias, em nossos trabalhos, em nosso convívio social, para a busca de
compreensão sempre mais plena de que somos discípulos-missionários de Jesus
Cristo, chamados a testemunhá-lo no que somos e fazemos.
A partir da intercessão de Santo
Antônio Gianelli e de Nossa Senhora
do Horto possamos torna-lo um companheiro constante da nossa vida, ajudando-nos
a crescer na fé para melhor celebrá-la e testemunhá-la, convidando a assumir o
desafio a continuar essa obra no horizonte em direção ao BEM.
E, como Gianellino, percebo a
nitidez da Caridade Evangélica Vigilante
no dia-a-dia, não como utopia conceitual, mas que realmente a práxis acontece.
O Espírito de Família é diário, na
acolhida, no afago, no trato em que todos, independentemente da pessoa, é
nítido no olhar.
Como
é bom estar num ambiente que possamos chamar de “casa”, e contar com todos como se fossem familiares consanguíneos.
Mas realmente, o que nos une como uma Familia Gianellina é também o Espirito de Partilha que, nos dias de
hoje, é um bem precioso e caro.
Enfim,
reafirmo a satisfação de pertencer a esta obra e acreditar que, a partir desta,
podemos contribuir, sem medo, a enfrentar os desafios do século XXI.
Saudações
Gianellinas,
Prof. Hermann Taborda Larruscaim
Diretor
da Escola Nossa Senhora do Horto – Uruguaiana RS
______________________________________
Um olhar que combina Escola e Família nos desafios de
educar
“_ De novo guri, estou recebendo um bilhete, me
chamando na escola! O que tu aprontaste agora? Não tenho tempo para ouvir
queixas...”
A obra
“História Social da Infância e da Família” de Philippe Ariés discute o reconhecimento da infância registrado no
séc. XVI, em diferentes formas artísticas, entre elas, no trabalho dos grandes
pintores da época, servindo de reflexão ao autor para construir o conceito de
infância. Este estudo é marco epistemológico sobre a infância e a sua posição
no âmbito famíliar e social. Hoje, mais do que nunca, sabemos que educar a
criança e a adolescência é investimento de cidadania, fundamental a qualquer país
que queira avançar em educação.
Se queremos
educar para um mundo mais justo e pacífico, temos que construir uma escola de
melhor qualidade, visto que ela é a instituição que está encarregada de
construir, junto com a família, a formação integral do aluno. Logo, a lógica
educativa deve ser: E(escola)+ F( família) = Criança educada. A
expressão é um desafio. Sem dúvida, é inquestionável a assertiva, pois a
criança necessita ser amparada e protegida pelos seus mediadores humanos, sociais
e culturais, dentro de seu contexto ambiental.
Estamos
vivendo o mundo da globalização, dentro de espaços avançados em comunicação,
ciência e tecnologia; entretanto, isto não garante a desejada e adequada
formação da infância. Portanto, é preciso deixar de lado o estigma de que a
família só precisa estar na escola quando “o
guri sai da linha” e a escola só precisa da autoridade familiar quando quer
ajudar a recompor os desajustes dos educandos.
“A voz de
experiência da escola, bem ouvida pode ser bastante útil num momento em que a
família está totalmente perdida sobre a maneira como deve proceder com o
filho”, segundo Içami Tiba, e deve
ser considerada, pois ambas devem falar a mesma linguagem e apresentar valores
semelhantes.
Adequada e
necessária constitui-se a parceria educativa Escola e Família. Nossos alunos
precisam de exemplos vivos e autênticos de pai, mãe, professores, e ambientes
que proporcionem papéis de integridade,
atenção, respeito, solidariedade, cooperação, ou seja, de integração entre essas instituições. Eles
precisam se espelhar nas ações, nos exemplos, nos valores testemunhados, para
que percebam que todos compreendem essa comunidade viva do cuidado, que
constitui uma verdadeira simbiose, na busca dos mesmos objetivos.
Assim, pensando
numa parceria que tem dado certo, quero partilhar algumas experiências, que se
evidenciaram no mês de outubro, na minha escola do Horto – Uruguaiana (RS), e
que representou atividades singelas da presença da Família na Escola. O
primeiro, por ocasião da Semana da Criança, quando pais do CPM distribuíram
lanche a todas as crianças do turno da tarde, de forma gentil e pacienciosa. Também
chamou a atenção a linda apresentação artística preparada com esmero pelos Pais
da Educação Infantil para seus filhos. Uma experiência interessante foi assistir
a este momento em que presenciamos a vibração dos pequeninos ao verem seus pais
“heróis” no palco, brincando-dançando, surpreendendo-os carinhosamente. Outro aspecto relevante foi a homenagem que o
CPM prestou aos educadores da Escola, pelo Dia do professor, ao oferecer-lhes uma
mesa de café e iguarias nos dois turnos, momentos que congregaram a equipe
gestora, os funcionários administrativos, docentes e família. Tais eventos, ainda
que simples, representam um significativo exemplo de entrosamento da Família,
e refere-se ao projeto que a Escola
desenvolve com a participação dos Pais e comunidade escolar - “Irradie o BEM: adicione esta ideia”.
Precisamos
mudar no Brasil essa relação, conferindo-lhe caracteres de parceria, para o
desenvolvimento de práticas permanentes, não só nas efemérides comemorativas,
mas no desenrolar do ano letivo.
É preciso
compreender que a escola sozinha não educa. Somente educará através de projeto
que comprometer a totalidade da estrutura social, que se evidencia pelo que testemunhamos em termos de valor ao estudo, à leitura, aos
procedimentos éticos, ecológicos e estéticos, os quais serviram e servem a
crianças e jovens. Muitas vezes, os governos e escolas distribuem, por exemplo,
“tablets”, para qualificar o desenvolvimento do aluno. É uma boa
instrumentalização, mas, por outro lado, ignoram as necessárias atitudes de
afeto, disciplina, cuidado, no atendimento às diferenças e singularidades. Esquece-se
o mundo adulto que nossos alunos são pessoas, com estruturas psíquicas,
cognitivas e afetivas em formação e que, realmente, precisam de sinalizadores
de ações mais pacíficas, mais integradoras, prospectivas, daqueles que os envolvem
e educam.
A
escola necessita, sim, da Família, e esta também necessita da Escola. É parceria
na construção do cidadão que queremos formar. Por isso, a Escola do Horto tem
investido na presença viva dos Pais, como um BEM e expressão do amor à VIDA, a serem inculcados no ser humano que pretendemos
formar.
Maria da Graça Queiroz Bermudez
Supervisão Pedagógica da
Escola Nossa Senhora do Horto –
Rede Gianellina
Uruguaiana/RS - Brasil
___________________________________
A Caridade Evangélica Vigilante
é muito mais que uma ideia:
é um fogo missionário que se acende
na minimidade do cotidiano e se espalha
no mundo pela itinerância gianellina!
é muito mais que uma ideia:
é um fogo missionário que se acende
na minimidade do cotidiano e se espalha
no mundo pela itinerância gianellina!
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