quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Rede Gianelli em oração e ação!

A Família Gianellina está na Novena em preparação à Festa de Santo Antônio Gianelli, fundador do Instituto das Filhas de Maria Santíssima do Horto, conhecidas também por "Irmãs do Horto" e "Gianellinas".
Estamos numa rede de oração, reflexão e ação!
A Espiritualidade Gianellina se fortalece e aprofunda nos corações, mas se expressa nas casas e na rua, nos ambientes de convívio e na imprensa, nas rodas de amizade e nos espaços de trabalho.



A Caridade Evangélica Vigilante 
é uma ideia adicionada ao cotidiano, 
uma ideia que se irradia!

Na Escola Nossa Senhora do Horto, em Uruguaiana/RS - Brasil, tem gente abraçando a causa da evangelização à moda gianellina, irradiando essa ideia na Imprensa local e em Revista que ultrapassa as fronteiras da cidade...
A Novena de orações e meditação da Palavra de Deus dá frutos de cidadania e profecia... cria um novo olhar diante do mundo, da vida, das pessoas: um olhar que ultrapassa a própria família, a própria escola e alcança outras famílias e outras instituições educativas; um olhar que combina com o Evangelho de Jesus!

Veja um pouco disso nos textos que seguem: 

Um olhar Gianellino...
  
“Fora do impossível, é preciso fazer tudo.”  (Gianelli)

O ano era 1789. A Europa vivia um conturbado cenário econômico e político, além de uma efervescência cultural e social. Tempo de profundas crises, marcadas, sobretudo, pelo abismo que separava as diferentes classes sociais. O contraste entre a miséria, a fome e o desamparo de um lado e a opulência de outro. As populações mais empobrecidas sofriam toda sorte de abandono. Surge, a partir desta realidade, um modelo de pensar, de se posicionar e de agir. E nesse contexto, em 12 de abril nascia no vilarejo de Cerreta, na Itália, Antônio Gianelli. 
No espaçotempo atual, o Santo Padre Francisco, ao publicar a exortação apostólica “Evangelli Gaudium”, dirigindo-se ao episcopado, ao clero, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos, anuncia que o grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado.
            Surge, neste sentido, um continuum na proposta de reflexão, mesmo em tempos cronológicos distintos, cujo objetivo é o de responder a esta necessidade e, portanto, ajudar os fiéis católicos gianellinos a conhecer melhor sua fé, para melhor celebrá-la e testemunhá-la.          
            A partir do eixo norteador dos Princípios Fundamentais Gianellinos - “A necessidade de prover surgiu com a caridade evangélica vigilante, fazia um caminho de santidade em companhia de Maria”, questiona-se: No que creio? Quais são os fundamentos da minha fé? Como vivo minha fé? Quanto mais a conhecermos, tanto mais por ela nos encantaremos com o desejo sempre mais profundo de vivê-la. A partir da leitura da Sagrada Escritura, por meio da oração, por meio da participação ativa e consciente na comunidade eclesial como lugar privilegiado não somente da celebração da fé, mas também do seu aprofundamento, maturação e manifestação.
            Assim, como no “chamado” que ocorreu para as Filhas de Maria Santíssima do Horto, em 12 de janeiro de 1829, convidamos a todas as famílias, em nossos trabalhos, em nosso convívio social, para a busca de compreensão sempre mais plena de que somos discípulos-missionários de Jesus Cristo, chamados a testemunhá-lo no que somos e fazemos.
            A partir da intercessão de Santo Antônio Gianelli e de Nossa Senhora do Horto possamos torna-lo um companheiro constante da nossa vida, ajudando-nos a crescer na fé para melhor celebrá-la e testemunhá-la, convidando a assumir o desafio a continuar essa obra no horizonte em direção ao BEM.
         E, como Gianellino, percebo a nitidez da Caridade Evangélica Vigilante no dia-a-dia, não como utopia conceitual, mas que realmente a práxis acontece. O Espírito de Família é diário, na acolhida, no afago, no trato em que todos, independentemente da pessoa, é nítido no olhar.
Como é bom estar num ambiente que possamos chamar de “casa”, e contar com todos como se fossem familiares consanguíneos. Mas realmente, o que nos une como uma Familia Gianellina é também o Espirito de Partilha que, nos dias de hoje, é um bem precioso e caro.
Enfim, reafirmo a satisfação de pertencer a esta obra e acreditar que, a partir desta, podemos contribuir, sem medo, a enfrentar os desafios do século XXI.
Saudações Gianellinas,

Prof. Hermann Taborda Larruscaim
Diretor da Escola Nossa Senhora do Horto – Uruguaiana RS
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Um olhar que combina Escola e Família nos desafios de educar

                                  “_ De novo guri, estou recebendo um bilhete, me chamando na escola! O que tu aprontaste agora? Não tenho tempo para ouvir queixas...”

A obra “História Social da Infância e da Família” de Philippe Ariés discute o reconhecimento da infância registrado no séc. XVI, em diferentes formas artísticas, entre elas, no trabalho dos grandes pintores da época, servindo de reflexão ao autor para construir o conceito de infância. Este estudo é marco epistemológico sobre a infância e a sua posição no âmbito famíliar e social. Hoje, mais do que nunca, sabemos que educar a criança e a adolescência é investimento de cidadania, fundamental a qualquer país que queira avançar em educação.
Se queremos educar para um mundo mais justo e pacífico, temos que construir uma escola de melhor qualidade, visto que ela é a instituição que está encarregada de construir, junto com a família, a formação integral do aluno. Logo, a lógica educativa deve ser: E(escola)+ F( família) = Criança educada. A  expressão é um desafio. Sem dúvida, é inquestionável a assertiva, pois a criança necessita ser amparada e protegida pelos seus mediadores humanos, sociais e culturais, dentro de seu contexto  ambiental.
Estamos vivendo o mundo da globalização, dentro de espaços avançados em comunicação, ciência e tecnologia; entretanto, isto não garante a desejada e adequada formação da infância. Portanto, é preciso deixar de lado o estigma de que a família só precisa estar na escola quando “o guri sai da linha” e a escola só precisa da autoridade familiar quando quer ajudar a recompor os desajustes dos educandos.
“A voz de experiência da escola, bem ouvida pode ser bastante útil num momento em que a família está totalmente perdida sobre a maneira como deve proceder com o filho”, segundo Içami Tiba, e deve ser considerada, pois ambas devem falar a mesma linguagem e apresentar valores semelhantes.
Adequada e necessária constitui-se a parceria educativa Escola e Família. Nossos alunos precisam de exemplos vivos e autênticos de pai, mãe, professores, e ambientes que proporcionem  papéis de integridade, atenção, respeito, solidariedade, cooperação, ou seja, de   integração entre essas instituições. Eles precisam se espelhar nas ações, nos exemplos, nos valores testemunhados, para que percebam que todos compreendem essa comunidade viva do cuidado, que constitui uma verdadeira simbiose, na busca dos mesmos objetivos.
Assim, pensando numa parceria que tem dado certo, quero partilhar algumas experiências, que se evidenciaram no mês de outubro, na minha escola do Horto – Uruguaiana (RS), e que representou atividades singelas da presença da Família na Escola. O primeiro, por ocasião da Semana da Criança, quando pais do CPM distribuíram lanche a todas as crianças do turno da tarde, de forma gentil e pacienciosa. Também chamou a atenção a linda apresentação artística preparada com esmero pelos Pais da Educação Infantil para seus filhos. Uma experiência interessante foi assistir a este momento em que presenciamos a vibração dos pequeninos ao verem seus pais “heróis” no palco, brincando-dançando, surpreendendo-os carinhosamente.  Outro aspecto relevante foi a homenagem que o CPM prestou aos educadores da Escola, pelo Dia do professor, ao oferecer-lhes uma mesa de café e iguarias nos dois turnos, momentos que congregaram a equipe gestora, os funcionários administrativos, docentes e família. Tais eventos, ainda que simples, representam um significativo exemplo de entrosamento da Família, e  refere-se ao projeto que a Escola desenvolve com a participação dos Pais e comunidade escolar - “Irradie o BEM: adicione esta ideia”.
Precisamos mudar no Brasil essa relação, conferindo-lhe caracteres de parceria, para o desenvolvimento de práticas permanentes, não só nas efemérides comemorativas, mas no desenrolar do ano letivo.
É preciso compreender que a escola sozinha não educa. Somente educará através de projeto que comprometer a totalidade da estrutura social, que se evidencia pelo que  testemunhamos  em termos de valor ao estudo, à leitura, aos procedimentos éticos, ecológicos e estéticos, os quais serviram e servem a crianças e jovens. Muitas vezes, os governos e escolas distribuem, por exemplo, “tablets”, para qualificar o desenvolvimento do aluno. É uma boa instrumentalização, mas, por outro lado, ignoram as necessárias atitudes de afeto, disciplina, cuidado, no atendimento às diferenças e singularidades. Esquece-se o mundo adulto que nossos alunos são pessoas, com estruturas psíquicas, cognitivas e afetivas em formação e que, realmente, precisam de sinalizadores de ações mais pacíficas, mais integradoras, prospectivas, daqueles que os envolvem e educam.
         A escola necessita, sim, da Família, e esta também necessita da Escola. É parceria na construção do cidadão que queremos formar. Por isso, a Escola do Horto tem investido na presença viva dos Pais, como  um BEM e expressão do amor à VIDA,  a serem inculcados no ser humano que pretendemos formar.

Maria da Graça Queiroz Bermudez

Supervisão Pedagógica da
Escola Nossa Senhora do Horto – Rede Gianellina
 Uruguaiana/RS - Brasil     
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A Caridade Evangélica Vigilante
é muito mais que uma ideia: 
é um fogo missionário que se acende 
na minimidade do cotidiano e se espalha 
no mundo pela itinerância gianellina!