Abençoada SEMANA SANTA
no horizonte da Misericórdia!
Que o “perfume” da presença e da graça de Deus se derrame e encha a casa toda e todos os corações, como aconteceu na casa de Maria, Marta e Lázaro, em Betânia, com a visita e a companhia de Jesus (Jo 12, 1-11).
Que o
“perfume” das palavras de Santo Antônio Gianelli se faça sentir na casa toda e
em todos os corações, como aconteceu nos lugares por onde ele andou.
Nesta
Semana Santa e Páscoa, pensei em repassar à Família Gianellina alguns trechos
da Homilia para
o dia da Páscoa da Ressurreição, feita por Antônio Gianelli, na Catedral de
Bobbio, aos 27 de março de 1842, chamando atenção para uma significativa coincidência: a Páscoa, que é uma festa com data móvel, neste
ano de 2016 também acontecerá no dia 27 de
março, como há 174 anos...
Então,
podemos trazer para o aqui e agora as palavras do nosso Santo
missionário, pedindo que ele interceda a Deus por nós e nos ajude a
“ressuscitar com Cristo, viver como pessoas ressuscitadas e derramar nas casas
e nos corações “perfume de ressurreição”.
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EIS A PALAVRA DE GIANELLI
“Se
ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à
direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do céu e não às da terra, porque estais
mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo ,
vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória” (Col 3,1-4).
Nessas palavras, é anunciado o grande sentido da solenidade do dia, que tanto júbilo expande em todos os fieis e o grande fruto que nós devemos produzir. [...]
Sobre o altar da cruz,
Cristo não apenas reparou, mas melhorou mil vezes a condição humana, com
superabundância de graça. Com sua ressurreição, Cristo confirmou sua promessa e
nós não podemos mais duvidar do nosso ressurgimento para uma vida imensamente
melhor, se quisermos. [...]
Todos os que acolhem e
aproveitam os benefícios da redenção humana que Cristo realizou ressurgindo da
morte, terão em seus corpos e em suas vidas as quatro insignes qualidades do corpo
ressuscitado de Jesus, conforme narram os evangelistas:
1ª - Serão ágeis como Ele, que voava de um lugar a
outro, aparecendo mais rápido do que o pensamento.
2ª - Terão, como Ele,
aquela tal sutileza misteriosa, pela
qual, sendo corpo, verdadeiro corpo palpável, de carne e osso como era antes de
morrer, entrava por portas fechadas, aparecia e desaparecia onde, como e quando
lhe agradava.
3ª - Serão plenos e
terão a beleza daquela luz, daquele resplendor que iluminou Jesus no Tabor,
parecendo um sol aos três afortunados discípulos; luz que muitos fieis viram
mais de uma vez, depois da ressurreição.
4ª - Serão plenos
daquela feliz imortalidade pela qual
serão libertados dos males, dos perigos, das necessidades e temores que fazem
parte da vida terrena, mas, sobretudo, serão enriquecidos de todo bem, de muita
alegria, da torrente das delícias de Deus, de tal modo que, como diz o Apóstolo
Paulo, “olho humano não viu, ouvido humano não ouviu, coração humano não sentiu
o que Deus preparou para os que o amam” (1Cor 2,9).
Eis porque a Igreja e
todos os santos, no dia da Páscoa - a máxima entre as solenidades da Igreja - não
conseguem conter o júbilo e a alegria e fazem ressoar festivos e repetidos
“Aleluia”.
Pela graça da
Ressurreição, podemos viver, no nosso peregrinar terreno, a agilidade e a sutileza, o resplendor e a imortalidade, como
prenúncio e caminho de eternidade feliz, na glória do Pai, do Filho e do
Espírito Santo.
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Abraços e votos de que, nas comunidades e famílias, todos possam “respirar o Aleluia”, como dizia
Gianelli. E a Misericórdia seja horizonte, ideal e critério de vida,
visível e palpável; orvalho e bálsamo,
oásis e óleo de consolação, como diz o Papa Francisco (cfr.
Bula de proclamação do Ano Santo da Misericórdia).
Feliz Páscoa, na graça do
Ressuscitado!
Neiva
Moresco, fmh